Adoro ter amigos, contanto que tenham a minha cara!

"Fama, sexo, banquetes e viagens passam; no fim das contas ninguém consegue abraçar dinheiro.

Exercícios e peso saudável garantem a saúde, mas são os laços de afeto que garantem bem estar." 

Essa foi a conclusão de George Vaillant, da Universidade de Harvard, que depois de 72 anos de pesquisa tentou responder à pergunta:

Qual o segredo da felicidade?

(Revista super interessante Outubro/2009)

O mundo inteiro tem enxergado essa descoberta, mas me parece que para o crente, fica cada vez mais difícil conviver com os irmãos em Cristo.

Vejo de um lado a extrema necessidade do ser humano em relacionar-se, e de outro lado a grande dificuldade em consegui-lo.

Voltando a falar dos melindres nos relacionamentos igrejeiros, que é o motivo mais alegado para o desigrejamento, quero dividir com você uma coisa que vi ao longo destes anos, lidando com gente, sofrendo e observando:

A TENDÊNCIA DA MAIORIA QUANDO BUSCA ACEITAÇÃO, AMIZADE, COMPANHIA, AFETO E COMPREENSÃO, É SE IDENTIFICAR COM PESSOAS QUE SEJAM PARECIDAS COM ELAS MESMAS.

Ora, se eu aprecio tanto a Fulaninha de Tal porque falamos a mesma língua, concordamos em tudo, porque ela se parece tanto comigo e temos gostos parecidos, simplesmente...

EU NÃO GOSTO DELA...GOSTO DE MIM!

É comum ver essa confusão entre comunhão e afinidade, ou seja, acha-se que a unidade possível é com aquela pessoa que pensa igual, que gosta das mesmas coisas e que entende a vida da mesma maneira.

Genteeeeeeee, afinidade e facilidade de comunicação são coisas boas, mas nem sempre isso define unidade.

Unidade, aquela que Cristo ensinou, pela qual Ele orou ao Pai (Jo. 17:23), é uma decisão e não um sentimento.

Ai, que difícil! E é mesmo!

Hoje em dia temos maior 

urgência em tudo, um imediatismo 

imperante, insatisfações e carências intermináveis.

  Serviço delivery até  

pra comprar bala.

Stress em 

animais e crianças.

                   

Como resultado desse tempo, vejo crentes cada vez mais egoístas, mais impacientes, pavios curtos, pouco ou nada dispostos a sacrifícios para manterem até seus próprios casamentos, quanto mais pra manterem a unidade do Corpo!! 

Eu também me coloco nesse caldeirão que, como ser humano igual a você, luta diariamente para praticar o que crê.

Penso que esse é um sinal do final dos tempos que se aproxima, meus filhos, não há como fugir disso.

Contudo, há como chamarmos para nós a responsabilidade da conscientização desse mal para que apareça alguma diferença entre a luz e as trevas, o sal e o insosso. 
(Mt. 5:13, 14)

O que a Palavra diz que é unidade:

*suportar (Cl. 3:13)

*interagir (I Co. 12:14-27)

*esforçar (Ef. 4:3)

Me parece que a maioria gostaria mais se a unidade fosse uma aquisição de baixo custo, ou se não custasse nada de preferência, que caísse do céu ou florescesse sobrenaturalmente.

Não, não é assim, eu tenho certeza.

Ninguém TEM amigos, porque amigos a gente FAZ.

Cultivar unidade requer trabalho, liberalidade, capacidade de perdoar (só em Deus), muita decepção às vezes, mas sempre um coração mais livre como resultado disso tudo.

Se nos guiarmos pelos sentimentos, jamais experimentaremos o que é comunhão espiritualmente falando, pois "...se amardes quem vos ama, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?"  Mateus 5:46